sexta-feira, 16 de abril de 2010

Aula 5

Aula sensacional! A turma tava de novo sentada nas cadeiras lá no fundo, traveiz!
Mas em seguida o Jair juntou a galera e foi organizando a coisa. Senti falta da Tati hoje, fiquei pensando que ela ia ter curtido pra caramba...
Começamos nos espreguiçando e soltando o corpitcho, como sempre (mto bom!).
 Tava rolando "Chan Chan" de fundo e fiquei faceira achando que ia rolar uma salsa bem de leve. Não foi dessa vez...
O Jair falou da questão do equilíbrio, e de que ouvimos sempre que precisamos ser equeilibrados. E que isso não é verdade. Tão importante quanto o equilíbrio é o seu oposto, que faz a gente se readaptar, e perceber as coisas de outra forma.
 Aí fizemos um círculo e o prof pediu pras pessoas de camisetas coloridas irem pra o centro dele. Então pediu que pra elas virarem de frente pros colegas do círculo maior, e explicou que seria uma dança indígena (ele ainda não mandou a letra da primeira que usamos em aula. Eu cheguei em casa agora e não lembro nem da de hoje...), que consistia em bater com os antebraços e os punhos (mãos fechadas) contra o peito, um de cada vez, cantando a música e batendo com os pés no chão, girando. Tínhamos que olhar pra o colega que passava a nossa frente. No início eu não conseguia parar de rir, porque não conseguia coordenar os movimentos de braços e pernas e cantar a música ao mesmo tempo! hauahuhauahua. Depois que me concentrei, foi bem legal! Ao final, o Jair perguntou o que tinha sido mais difícil, e um colega disse que tinha sido olhar nos olhos dos outros. Sei lá, eu não tenho essa dificuldade. Acho um saco quando vou falar com alguém e esse alguém tá de óculos escuros. Quando é alguém mais íntimo eu até peço pra tirar... Mas vá lá, cada um tem seu limite de entrega e de exposição.
Depois fomos pegar colchonetes e foi incrível que cada um só pensa em pegar o seu e sair fora, não se dando conta de que dá pra alcançar pros outros e ir passando adiante, que funciona muito melhor... Sei lá, acho que eu sempre acabo indo longe demais nos meus devaneios. E olha que eu sei que ninguém, muito menos eu, é cemporcento!
Fizemos uma baita auto-massagem, dos pés à cabeça, literalmente. Quando passamos pela barriga, o Jair comentou de novo sobre quem tem problemas de intestino preso (como na aula passada q ele falou de girar os braços, que bater na barriga ajuda nisso também). E outra vez me lembrei do Tom Zé, que é tachado de louco por muitos, mas eu nunca ouvi nada sem sentido sair daquela boca! Ele diz sempre que principalmente mulher tem problema pra ir aos pé porque é extremamente reprimida, desde criança. Minha mãe nunca me disse "Fecha as pernas! Tenha modos de menina" quando eu brincava no chão (que era o que mais se ouvia na minha época, hj já tá melhorzinho). E eu NUNCA tive esse tipo de problema, nem no pós-parto! Durante a massagem, eu nem tava mais lá. Tava na sala de casa, totalmente à vontade, à despeito de quem pudesse estar achando aquilo tudo sem fundamento (continuo abismada que haja quem não aproveite!!!). No final fiquei pensando que é uma coisa muito boa de fazer em casa, com o Bê e o nego véio (como diz o Jair). Só no final, pois durante era eu comigo mesma, esqueci totalmente do resto.
A última parte da aula foi um exercício de respiração. Sentados em cadeiras, mãos sobre o colo, palmas voltadas para baixo, olhos fechados.
Prestar atenção no ritmo da respiração, aguardando a orientação para lentamente (ma non tropo!) fechar as mãos (sem forçar). Continuar percebendo a respiração e se ocorrem modificações...
O segundo passo era virar as palmas das mãos, abertas, para cima;
O terceiro, virar as duas para baixo e então fechar uma das duas, depois inverter.
Eu sentia minha respiração se modificando a cada mudança das mãos e ria por dentro... é muito legal perceber, sentir o corpo de uma forma tão profunda, com instrumento tão singelo.
Quando minhas mãos estavam abertas e viradas para baixo eu sentia minha respiração normal. No ritmo de sempre.
Quando as fechei, ela ficou curtinha, e eu senti até uma coisa no peito, como se por uma piscada eu sentisse uma batidazinha do bumbo véio.
Quando as virei, abertas, para cima, a respiração ficou longa e calma.
E com uma aberta e outra fechada, a insiração era mais longa, e a expiração mais curta.
Foi isso.
Té sexta que vem!
 

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